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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Diário dos Sertões: Veredas - 02 ( by Rogério Rufino)

Fazenda, Um bom Investimento? -  Primeira Parte


Depois que me tornei produtor rural integral  lá pelos idos de 2004,  alguns dos novos amigos que fiz, não muito raramente costumam dizer: admiro você, largou salário invejável por qualidade de vida. Outros, são mais sinceros: você é o cara mais bobo que eu já vi, fazenda não dá dinheiro.

Nem uma coisa nem outra. Qualidade de vida,  no meu caso foi consequência. Minha decisão foi mais em função das minhas economias investidas  na fazenda de 1997 a 2004. (Minha mulher jura que não, que foi por preguiça mesmo). Anyway, deixe-me tentar esclarecer esta questão para muitos.

Como sabemos o Brasil mais a Russia, India e China formam um bloco denominado BRIC, que resumindo, será a maior potência econômica nos próximos anos, superando União Européia e EUA. Mas, sempre tem um mas, apenas China e India serão competitivos nos setores de  manafatura e serviços. Russia será um grande fornecedor de matérias primas e o   Brasil, o líder mundial em produção de alimentos e carne.  Ou seja, o pior papel é o da Rússia mesmo, pois petróleo é uma commoditie em vias de extinção. Mas agribusiness se não tem o sex appel da indústria de tecnologia e serviços, é fundamental para perpetuação da vida neste planeta. É a base de tudo e é cada dia mais sofisticada tecnologicamente. Muitas industrias do setor têm um requinte de tecnologia que deixariam estarrecidos e envergonhados muitos  executivos da indústria nacional, mas esta é outra história.

Alguns podem estar dizendo, opa pera lá, o Brasil produz até aviões. Sim, meus filhos, o Brasil monta aviões, compra tudo que vai nele de outros países. O Brasil infelizmente parou na história lá pelos idos da gloriosa revolução de 64. Brasil e Índia naquela época se rivalizavam, mas ai os investimentos em pesquisa e desenvolvimento e na educação no Brasil secaram, mas a Índia continuou. Hoje a Índia é uma potência nuclear,  tem seus próprios foguetes para lançar seus satélites e outras coisas mais. O Brasil parou, estacionou e nem uma coisa nem outra temos. Hoje,  vivemos de ilusões. Mas, sorte nossa, temos terras  e condições para agricultura que país nenhum neste mundo tem.  Só isto, mas nada contra a indústria, em alguns setores até seremos competitivos mas ão se animem muito. O mesmo aconteceu com a França, ela até tentou produzir computadores e ainda resiste em produzir carros. Não por muito tempo.  Mas, os franceses deveriam se concentrar em queijos e vinhos, nisto eles são os melhores.

Bem, então, considerando nossa vocação, o que estão esperando, terra vai valer ouro. Em Ribeirão Preto, um alqueire de terra (48 mil metros quadrados) chega a valer 185 mil reais. Quanto eu comprei meus primeiros alqueires paguei 10 mil reais. Agora estão valendo 50 mil, mas ainda é pouco. 

Lição numero 1: Terra é um excelente investimento e é o único que não deprecia. Terra não envelhece. Um imóvel na cidade de 5 anos vale muito menos que um imóvel novo e assim por diante. Lógico, terrenos também são ótimos investimentos.

To be continued!


domingo, 9 de janeiro de 2011

Diário dos Sertões: Veredas - 1 ( by Rogério Rufino)

Do Título

Há dez anos, quando vivia nos EUA, eu costumava publicar artigos com o título de Notícias da Corte plagiando a coluna do Paulo Francis (Diário da Corte) na Folha de São Paulo em sua fase áurea, que eu lia diariamente. Hoje, repito o plágio só que desta vez incorporando meu autor tupiniquim favorito: Guimarães Rosa. Não entendo muito este meu fascínio por Guimarães Rosa, mas uma coisa é certa, não se pode imitá-lo. 

Nos meus textos vejo claramente influências  de Joseph Conrad, Machado de Assis, Erich Marie Remarche, Paulo Francis, Cláudio Abramo, Eliot e outros nos textos sérios. Nos textos de humor há uma marcante influência de alguns autores americanos e Flávio Rangel, Tarso de Castro e outros. 

Mas a verdade é que nunca pude assimilar e reproduzir o estilo  de Guimarães Rosa. É como se ele pertencesse a outro universo, inatingível para nós, simples mortais. Ele não só criou um romance, mas também uma língua nova. Joyce foi o pioneiro nisto com seu chatissimo Ulisses, que se alguém dizer que já leu, duvide seriamente.


Próximo Capítulo: Fazenda, um bom investimento?

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